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Channel: Casamento DEK
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Sobre ter um lar

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Quando criança eu sonhava com uma casa grande tipo a da Xuxa, que era tão, mas tão grande que precisava de um carrinho de golfe para chegar de uma lugar ao outro do jardim. Achava que tinha que ser assim, que o futuro tinha que ser luxuoso, não sabia a diferença entre ter uma casa e sobre ter um lar. Talvez porque minha casa na infância era tão simples, uma boa casa sim não se enganem, mas precisava de reformas e não se parecia nada com as casa das novelas, que hoje eu sei, são mansões e privilégio de poucos. Talvez a TV tenha ajudado a ter essa sensação errada na infância.

Mas hoje eu tenho a minha casa, e ela não se parece com a maioria das casas, não só da TV, nmas no geral. Mas é minha, é nossa. Ela tem o nosso jeito, reflete nossa personalidade, e eu aprendi enquanto crescia que o importante seria ter uma casa aconchegante, feliz. Que ela não precisava ser uma casa enorme, e não precisava ser cheia de luxos e nem ser igual a nenhuma outra. E descobri que o nome disso é lar.

Hoje quando eu chego em casa eu fico tão feliz. E sabe de uma coisa, é só isso que importa. É tão bom estar na nossa casa; cuidar da nossa casa; transformar, decorar, a nossa casa; poder chamar de nossa casa, nosso lar, onde eu vivo e vive meu abraço apertado. Percebi que a casa da Xuxa era o que ela precisava, sei lá porque e não me cabe julgar. Já eu, sabe, eu preciso é de olhar para cada canto e enxergar eles carregados de lembranças, nossas lembranças. De quando as paredes eram descascadas e nós pintamos, e depois repintamos. Da tão sonhada ilha da cozinha que mandamos fazer. Do escritório com mesa de cavaletes como queríamos. Das bancadas dos banheiros de pallet que o Dhanner fez. Dos sonhos que vão se realizando, devagar, mas quem está com pressa?

Às vezes quando eu e Dhanner estamos na sala eu posso sentir toda a sensação do primeiro dia que nos mudamos. Era uma felicidade sem igual. Estávamos lá, eu, ele e Dinah (que ainda estranhava a casa nova). Lembro de nós deitados no sofá em frente à TV e rodeados de caixas. Lembro de sentir estar vivendo em um sonho. Era nossa casa. Nós tínhamos a comprado e reformado. Quando ando de bicicleta à noite por um certo caminho também me encho de lembranças das nossas idas noturnas à casa em reforma pra ver as mudanças. Dhanner chegava do trabalho, pegávamos a bicicletas e íamos pra casa empoeirada, cheia de entulhos mas com tanto potencial. Quanta luta, quanto amor, quanta felicidade.

E é por tudo que falei aqui que acho que vale a pena botar a mão na massa. Que acho que as coisas que conquistamos com sacrifício dão um gostinho maior de vitória. Que sem ação não há lembranças. Que o simples tem tanto potencial. É tão bom voltar no tempo e poder sorrir de saudades. Essa casa de lembranças, de um presente sólido e de um futuro cheio de sonhos, essa é a casa que eu queria, e tenho, temos. Amo minha #casinhadek. Ainda sonho em ter um quintal, uma piscina talvez, mas não quero mais depender de uma carrinho de golfe há muito tempo.

dek

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